Thursday, August 03, 2006

O 'Giro'. Ex-autocarro urbano de Ourém


“O ‘Giro’ deu uma volta e foi-se embora” Autor: CM Ourém


Esta é, possivelmente, a história mais curta que os oureenses têm para contar. Foi pouco o tempo de uma regalia que Ourém pôde desfrutar, e que só as grandes cidades têm direito.

O ‘Giro’, conhecido também como ‘Ponto G’, era o autocarro urbano da cidade de Ourém. Um veículo que diariamente transportava a população oureense de ponta a ponta da cidade, fazendo o seu trajecto circular. Passava pelo edifício da Câmara Municipal, Mercado, o novo parque de estacionamento, Centro de Saúde, e novamente, o edifício da Câmara.

O projecto foi elaborado com o objectivo de garantir à população a possibilidade de estacionamento dos seus veículos, uma vez que o futuro edifício da Câmara Municipal está em construção no parque de estacionamento que, até há bem pouco tempo, servia a população. Foi construído, por isso, outro parque, junto ao Centro de Saúde. O ‘Giro’ facultava, assim, o transporte do parque para o centro da cidade.

O ‘Giro’ até pode ser giro e bonito, até pode ser inovador para a cidade, mas Ourém não é uma grande cidade, como Leiria e Coimbra, para não falar de Lisboa e Porto, que nem comparação tem, e por isso não se justifica o investimento num autocarro urbano.

Ourém não é uma cidade tão grande que impeça as pessoas de se deslocarem a pé. Em 5 – 10 minutos, atravessa-se Ourém desde a Câmara até ao Cinema, Piscinas e Parque Linear. E sobre isto falo com convicção porque já o fiz inúmeras vezes.

Quanto ao lucro do autocarro, deve ter sido nulo. Mas um nulo muito bem redondo? Não, claro que não… com o lucro vêm as despesas. Um número com vários algarismos. Um valor, decerto, negativo. O gasolina/gasóleo não é de borla, as motoristas não trabalham por prazer, e assim desperdiçou-se dinheiro, sem ter entrado algum.

Conclui-se que o ‘Giro’ não foi muito feliz em Ourém. É pena… eu que fazia questão de andar uma vez...! (LOL)

2 Comments:

Blogger Luisa Oliveira said...

É verdade... Eu também não tive oportunidade de dar uma voltinha. Não porque não houvesse lugar no tal "transporte urbano", mas porque simplesmente não aconteceu. É que apesar de percorrer diariamente dois percursos de 15 minutos, o Giro não fazia o mesmo caminho que eu. É triste a limitação da nossa autarquia: numa "cidade" tão pequena, o mínimo que se podia esperar é que os arredores também fossem contemplados. Mas não... Esperou-se que as pessoas pagassem 0,30€ (era esse o montante, não era?) para atravessar a estrada (quase...). E tudo isto com o dinheiro dos contribuintes

1:36 pm  
Blogger Hugo da Graça Pereira said...

O giro foi-se embora?? Não sabia! Sniff, e eu que nem cheguei a andar! Mas verdade seja dita nem eu, nem quase ninguém! Exceptuando a primeira semana em que, numa tentativa de fixar clientela, o giro era grátis. Sim, porque nessa altura estava sempre a abarrotar!! Mas depois, quando pediram ao cidadão que pagasse pa fazer um percurso que podia muito bem fazer a pé...bem afinal o cidadão português não é assim tão estúpido. Mas não se pode dizer que não fosse a abarrotar: a abarrtar ia, mas somente com a condutora!! :P
Mas tens razão Nuno, é sem dúvida um bom exemplo de como se esbanja o dinheiro dos contribuíntes.

12:36 pm  

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