Monday, December 31, 2007

Um Grande 2008 (com os 2 pés!!)

Aproveito este espaço, para deixar uma mensagem a 3 grandes pessoas.

Muito se diz, na passagem de um ano: “Boas entradas com o pé direito!”. No entanto acrescento: “…e não se esqueçam do esquerdo!”. Costuma-se dizer para entrarmos com o pé direito talvez por ser o mais forte e preciso. Não se esqueçam: o “pé coxinho” tem tendência para a queda. Por isso, existe o pé esquerdo que auxilia o direito, dando segurança. Tão importante, e nem uma referência nesta época!!

Assim, desejo-vos um grande ano 2008, cheio de alegrias. Terá, para vocês, uma etapa importante no vosso percurso profissional. Espero que se concretize aquilo que vocês mais desejam, objectivos e sonhos. Acima de tudo Saúde!


Muitas Felicidades,

Friday, September 14, 2007

O Mito

Há-os aos montes. De todas as cores, tipos, feitios, para todos os gostos. Têm os corpos esculpidos pelas dietas-maravilha, pelas anorexias e bulimias e caracteriza-os o requinte (ou falta dele) dos novos-ricos. Pior: dos pseudo-chiques. Abusam da maquilhagem, dos berlitoques e do reluzente tanto quanto cortam no tamanho da roupa. Consideram a simplicidade um pecado e fazem da ostentação de si mesmos um modo de vida.
Inundam-nos as praias, os cartazes publicitários, as ruas. Olham-nos do alto do seu pedestal com a certeza e rudeza de quem sabe que prende as atenções. Têm rituais próprios que, embora não restritos aos da sua espécie, lhes são fundamentais: as discotecas, o passe do cigarro, os cacarejos exageradamente altos, o passo firme.
Mas, no fundo, não passam de um monte de nada. Sereias mudas de água doce e capitães de esgoto, só isso.

Saturday, July 21, 2007

Ambidolescência

A(mbi)dolescência... Sim de facto a adolescência é caracterizada por uma ambivalência, por tudo aquilo que referiste Hugo. O prefixo ‘ambi’ de duplicidade, integra-se perfeitamente na adolescência, não fosse ela caracterizada por ‘ambi-substantivos’. A Ana continuou e tocou num aspecto que me marcou lol... a parvoeira aguda=) pois... admito que passei por isso nos meus 12 e 13 anos, especialmente em casa. Conto-vos um acontecimento, que na altura me julguei acima das outras pessoas, por aquilo que me passou pela cabeça:

“Era um dia de semana. Hora de jantar. A minha mãe pediu-me para levantar a mesa. Eu sem rodeios, levantei mesmo a mesa, tentando que ficasse totalmente no ar.”

Isto foi motivo de gargalhada... mas por pouco tempo. A seguir a esta, vieram outras situações cada vez mais parvas e sem sentido... ou melhor, de parvoeira aguda!!

Isto para dizer uma coisa importante: a adolescência tem fases. E tudo aquilo que disseram é pura e simplesmente adolescência! Apesar de eu ainda ter alguns desvios lol, essa fase já lá vai… bem como muitas outras. Outras fases persistem, outras aparecem,… enfim é um ciclo! Graças a Deus passei pouco pela fase da indecisão do futuro e da ambivalência de ainda ser criança ou já ser adulto. Mas passei!! Porque faz parte da vida. Ainda hoje sinto paradoxos… e muitos. Dias em que me sinto o mais feliz, outros o mais infeliz. Dias que penso que já fiz muito, e outros em que ainda não fiz nada. Dias que já trabalhei tudo e outros que ainda tenho de trabalhar imenso para ser alguém.

Tudo isso é Humano e acentua-se na adolescência… Esta é a minha forma de ver… Talvez escreva isto num momento mais calmo eh lol Não saberei se acordo amanhã, e vejo isto que escrevo hoje com outros olhos…

Não sei. Talvez esta última frase diga muito mais do que quis dizer nas outras ‘mil palavras’. Enfim…

P.S. Ana gosto do nome parvoeira aguda!!

Saturday, May 05, 2007

Provincianismo

provinciano

adjectivo
· da província;

· relativo ou característico do ambiente da província;

· pejorativo
pacóvio;


substantivo masculino
habitante da província;

(De província+-ano)

© 2002 Porto Editora, Lda.


Mentalidadezinhas provincianas. E preconceituosas. Obrigado mas dispenso esse tipo de educação, fiquem aí com ela. Bem longe, de preferência.

“- Se tivesses média de 20 ninguém reclamava por te vestires assim, a questão é que normalmente as coisas estão relacionadas” – Professora de Matemática (a frase é dela, a maioria dos outros concorda), dirigindo-se à Sara.

Os meus colegas é que devem ter razão: falta de sexo dá nisto.

Wednesday, March 21, 2007

Paradoxo

Inspiro.

A doçura do teu aroma,
Essa subtil mas omnipresente fragrância,
O teu perfume.

Abro os olhos.
Contemplo-te

A brisa acaricia-te a face,
E o teu cabelo ondula, reflectindo o amanhecer.
O brilho dos teus olhos,
ofuscante...

Prendo-me nesse teu olhar.
Olho-te sem pudor.
Dispo-te!
Ponho-te a alma a nu!

Perco-me numa contemplação sem fim...
Os sussuros do teu perfume,
As mensagens do teu olhar...
Todos eles gritantes!

Mas apenas o vento murmura...
O silência impera!
E enlaça o momento.
Enlaça-o num abraço apertado,
Sufocante...

Sinto-me preso!
Preso ao momento,
Preso ao teu olhar.
Mas tu fazes-me sonhar
E nesse cárcere voluntário
Sinto a liberdade a correr-me nas veias.


Algures na primeira semana de 2007
Hugo Pereira

Paradoxo inequívoco da alma corpórea


Numa reflexão irreflectida penso em ti…
Pura partida irracional da minha razão.
Acordado, durmo e elevo-me em sonhos nunca sonhados
Enquanto mergulho em recordações do imemorial.

Sinto-me cheio de vazio…
Recordo o que nunca aconteceu.
Um passado inexistente,
Um ex-futuro…

A tua frieza desperta o meu calor.
E, numa inconsciência consciente, vejo o invisível
E a escuridão do que não vejo ilumina-me a cegueira.

A realidade fictícia em que vivo dá-me uma liberdade posta a ferros
Que amo, odiando apaixonadamente!
Sinto o que penso sem pensar o que sinto

Abraço o abstracto e o complexamente simples.
Lembro-me de te esquecer até à finitude infinita dos tempos…
E parece-me que morro para a vida, quando na verdade vivo para a morte.


Hugo Pereira
20/03/2007

Paradoxal

Nada parece ser definitivo na minha vida. Hoje acho isto, amanhã parece-me o contrário. Hoje gosto, amanhã odeio...isto quando não gosto odiando! Sinto e não sinto ao mesmo tempo. É incrível como consigo discorrer duas opiniões ou juízos perfeitamente antagónicos em simultâneo. Quais duas vozes dentro de mim...

Sentem o mesmo? Não? Temos pena, porque eu também não consigo explicar em condições.

E no meio de todas estas contradições, ambiguidades, incertezas, antinomias e paradoxos acabo por flutuar através da existência numa atitude confortável e sem levantar grandes ondas...É sem dúvida um estado vegetativo, Ana... A vida acaba por ser um grande paradoxo: a vida é, no fim de contas, uma caminhada para a morte e a morte (pelo menos para quem acredita) parece ser uma transição para a vida!

Tuesday, March 20, 2007

Hotel Ruanda


Estamos no estado do Ruanda, algures no meio da África Subsariana, e decorre o ano de 1994. Devido a conflitos entre diversas etnias a situação política do país é muito tensa. Quando, subitamente, o Presidente é assassinado o caos toma conta do país e as lutas fraticídas tornam-se a lei vigente. Neste clima de autêntica guerra civil, os turistas estrangeiros são evacuados assim como todos os adidos diplomáticos. O mundo toma a posição de não intervir no conflito interno e retira as forças internacionais do país. Apenas a ONU permanece com um contingente demasiado pequeno para abarcar todo o território.

E neste contexto que o filme "Hotel Ruanda" vai relatar a incrível e verídica história de Paul Rusesabagina, o gerente de um dos hotéis mais luxuosos da capital ruandesa. Paul é responsável pela sobrevivência de 1268 pessoas que abrigou no seu hotel.

É uma história no mínimo tocante que mexe com o maís íntimo que há em nós e que nos faz viver de forma intensa a dor, o sofrimento e o horror daquele conflito. Admito que foi um filme que me deixou com uma lágrima no canto do olho...e acreditem que isso não é algo fácil de se conseguir...

Sunday, March 11, 2007

3 anos

Três anos passaram dizem os noticiàrios...

Parece que foi ontem...o choro, o desepero, o caos do local, a estupefação do mundo, os semblantes trágicos dos pivots dos canais televisivos, o horror no olhar dos reporteres...

Parece que foi efectivamente ontem...parece que ainda lhe podemos tocar se estendermos a mão...o sangue, os corpos, a morte, a carnificina, a confusão, o fumo, o pânico, as sirenes, o ar impregnado de ódio e medo, os corações num torpor pela dimensão de tudo aquilo, as lágrimas...

Ninguém ficou indiferente...ninguém podia ter ficado...E agora, depois de 1095 vezes o sol se ter de novo erguido no horizonte e nele se ter voltado a pôr, eu pergunto-me se alguma vez vai ser possível esquecer...

Parvoíces...


Rimos, rimos até não poder mais. Mesmo à distância de vários kms riamos em conjunto. A tecnologia tem destes milagres. Não dissemos nada com nexo, não houve nada que não fosse disparatado naquela conversa. Eu fiz de palhaço, ela de mórbida. E nesta antítese e desencontro pautada pela rabugice nos encontrámos. Mesmo de maneiras antagónicas, ambos precisavamos de dispersar aquele torpor, aqule tédio...

E assim, jogando babuseiras para o ar, se vão cimentando amizades...

Sunshine

I'm walking on sunshine , wooah
I'm walking on sunshine, woooah
I'm walking on sunshine, woooah
and don't it feel good!!

Hey , alright now
and don't it feel good!!
hey yeh ,oh yeh
and don't it feel good!!

walking on sunshine
walking on sunshine

Saturday, March 10, 2007

Felicidade

Tenho a perfeita noção de que isto soa ligeiramente estúpido mas pronto...Hoje foi um dia não propriamente igual a todos os outros, mas, mesmo assim, dentro da normalidade.
Primeiro que tudo, fez um sol radioso! Anunciando a Primavera, o calor...um prenúncio do Verão à tanto esperado: a piscina, a água, a praia, os calções, as t-shirts, as mini-saias, as tardes que só acabam às 9 da noite, as férias, os lanches intermináveis no alfa...apenas um prenúncio, mas que anima qualquer um...
Tive aulinha de instituto de manha que até correu muito bem visto que a teacher tava muito bem disposta; mesmo com o a Joana, o Gonçalo e o Miguel a fazerem porcaria...Falei bastante com a Filipa esta manha, visto que a Catarina não estava por cá. E gostei muito, porque há muito que não falavamos tanto e ela é uma pessoa fantástica.
Depois, mais à tarde, tive o grande prazer de estar com duas pessoas de quem gosto mesmo muito: o Nuno e a Ana. Epa, e foi óptimo ver o Nuno ao fim de tanto tempo. As saudades já eram muitas. E embora tenha tado com ele, o que?, uma mísera meia hora? Que mais pareceram 5 minutos...mas já foi qualquer coisa. Depois lanchei e passeiei um pouco com a Ana. Foi óptimo termos aquele bocadinho para nós, para deixar-mos o tempo correr alternando conversas sérias com as maiores banalidades...
Fui para casa e tinha a minha mana à espera. Ao fim de quase 2 meses sem a ver...Jantamos em família tendo sido eu o cozinheiro desta noite. Foi divertido, como é sempre, aventurar-me na cozinha e ter a minha irmã e a minha mãe sempe a melgar e a dar palpites. Depois de um jantar, que modéstia à parte tava espetacular, deitei-me no sofa a falar com a minha irmã, a matar saudades e a mostrar fotos de Londres no portátil.
Ela lá foi sair com os amigos que também já percisava e eu fiquei no sofá com a minha madrecita a ver um filme que adoro (The Others) no DVD. Quando acabou já não podia com as pestanas e fui pa cama...
E antes de adormecer senti-me tão feliz quanto um mortal possa aspirar a sê-lo. Não aquela felicidade adolescente pautada pela adrenalina. Mas sim aquela paz de espírito, aquele descanso. Aquela plenitude. O sol, os bons amigos, a família...que mais pode alguém desejar?

Tuesday, March 06, 2007

Londres

Sentei-me e apertei o cinto. Verifiquei se estava bem apertado.Não tenho medo de voar mas também não tanho nenhum fetish especial por bater com a cabeça em bancos da frente.
Estava sozinho. Não tinhamos conseguido bilhetes todos juntos devido a todas a complicações do check in. Agora que pensava nisso...Eu que não tinha a fotocópia dos BIs dos meus pais. A Ana Isabel que não lhe queriam reconhecer a assinatura do advogado. A teacher quase que não podia ir porque lhe tinham posto um nome na reserva e outro no bilhete...Mas agora já tavamos todos dentro do Boeing comodamente instalados. Era um alivio! Inda agora eram pouco mais do que 8 da manha e já parecia que o dia ia a meio...acordar as 3 da manhã dá nisto! Uma sra sentou-se ao meu lado esboçando um sorriso simpático. Demonstrava o à vontade de quem estava habituada a viajar. Começei a ler o Público que a British Airways me tinha gentilmente oferecido no Aeroporto. O avião foi-se enchendo...
Por fim descolamos! É uma sensação maravilhosa, sentirmo-nos a elevar do chão. Olhei pela janelinha à minha direita e vi Lisboa e o Tejo a brilharem à luz de um sol quase primaveril. O céu quase limpo permitia ter grandes vistas e diverti-me durante aqueles minutos a observar a paisagem primeiro urbana, depois rural, e as nuvens. Agora estavam a altura dos meus olhos e podia-se dizer, literal e metaforicamente que eu estava nas nuvens.
Gastei as duas horas e pouco de viagem a ler jornais, revistas e Memórias de uma Gueixa, que a Ana me tinha tão gentilmente cedido. Comi pouco, porque os aviões não têm só a fama, têm o proveito também. Olhava pela janela de quando em vez. Planícies, serras, planatos, praias, mar aberto...Todos se sucediam a uma velocidade estonteante...Não dormi nada. As hormonas são tramadas.
Avistamos a costa britânica. Sobrevoamos as prefeitamente ordenadas propriedades rurais dos súbditos de Sua Majestade Britânica. Fizemos duas voltas à "rotunda" devido ao trafego aéreo. Aterramos. E quando a borracha tocou o alcatrão não se incendiaram só faíscas no chão, mas também no meu espírito. Era um sonho tornado realidade!
O resto meus caros: é simplesmente indescritível. Imaginem dois meses de vida em Portugal. Condensem todos esses eventos e acontecimentos em 5 dias. Façam-los passar a velocidade de um único dia. Bem, terão uma ideia muito geral do que foi esta incrível experiência.
Quando voltamos à Portela tentei entrar à sucapa pa dentro de outro avião que partisse para lá mas quase que me mandavam prender. E curei a ressaca de desânimo por ter regressado (não por estar em casa, mas por já não estar lá) a jogar às cartas com o pessoal das 8 da noite até quase às 3 da manha...

Sunday, December 31, 2006

Para 2007...

Também quero muita coisa para 2007. Algumas delas são iguais às tuas Hugo, e também da Ana. Como é óbvio, quero que tudo o que vocês aqui pediram, peçam ou venham a pedir se realizem, pelas grandes conversas, pelos lanches, pelas discussões (no sentido de debate), que só ajudam a crescer, etc. Ou seja, por verdadeiros amigos que são! (Carolina incluída)

Tenho coisas que quero fazer, tenho objectivos a atingir, e sonhos a concretizar. Contudo não vou descrever tudo aquilo que quero, que tenciono fazer, e dizer quais os meus objectivos e sonhos.

(1) Peço que os estudos corram bem. É o meu objectivo principal. Vou trabalhar, dedicadamente, para que consiga concluir o curso com o maior êxito possível.

(2) Peço também que no hóquei tenha o maior sucesso possível. É onde tenho os momentos de pausa e divertimento, que tanto complementam os estudos. É a minha paixão!

Porém, peço, em primeiro lugar, SAÚDE! Para mim, para a minha família, amigos, …, para todo o Mundo.

Que os meus objectivos e sonhos nunca deixem de fazer sentido, que tenha sempre força para lutar, trabalhar, e depois sim merecer as devidas vitórias e sucesso. Porque nada se atinge sem esforço, empenho e dedicação. Nunca podemos desistir daquilo que realmente procuramos. E se algum dia estivermos ao lado daquilo que procuramos, não desperdiçarmos um grande abraço, para que não nos fuja.

Não ter medo de enfrentar o futuro, porque ele é meu, teu, de nós! Amanhã está nas nossas mãos continuar a trabalhar para, pelo menos, sustentá-lo, para que os nossos descendentes possam desfrutar da mesma forma que nós o desfrutámos. Depois sim havemos de o melhorar, trilhando caminhos para a justiça, fraternidade, paz, amizade e amor. Vamos aniquilar a guerra, as instabilidades político-sociais, inveja, cobiça, cobardia. Vamos acabar com as discriminações sociais, raciais, sexuais. Acabar com discriminação. Vamos fazer que, em todos os cantos do Mundo, não haja um único sorriso por existir. Vamos transformar este Mundo cada vez mais sujo, num Mundo cor-de-rosa às bolinhas amarelas.

Que todos tenhamos fome de justiça, amor e de todos ao valores positivos. Vamos ajudar quem precisa, porque, infelizmente, não somos todos iguais. Vamos fazer com que não haja divergências. Vamos elevar o conceito de igualdade ao Ideal!

O meu objectivo de vida passa por isto: procurar o horizonte inatingível, que tudo o que disse é impossível de acontecer na sua totalidade. Vamos correr atrás da perfeição, porque, apesar de nunca a conseguirmos apanhar, guiar-nos-á para uma sabedoria e experiência cada vez maior.

Referi como objectivo. Talvez seja sonho. O que interessa é não enfraquecer com a ideia da impossibilidade de ser perfeito.

Será que consigo sozinho??

Não… Por isso peço a todos para tentar concretizar isto em 2007 e adiante. Se a maioria é impossível, a esperança é a última a morrer!

A MINHA META É ATINGIR O IMPOSSIVEL! E a TUA?

Saturday, December 30, 2006

Obrigado!

Passados cerca de 3 meses, eis os comentários ao excelente presente de aniversário que recebi. Adorei!!

Quando o recebi, não perdi tempo. Fechei-me, concentrei-me e li com a devida organização na leitura de poemas, audição de músicas, etc. Li e comovi-me! A sério, vocês são demais. Voltei a ler uma 2ª vez, anotando eventuais pontos de abordagem nos comentários que prometi. O prometido é devido, e aqui estão eles. Desculpem o atraso, mas a reformulação das notas iniciais em texto foi deixada de lado, porque o tempo escasseou mesmo.

Alguns comentários que faço num de vocês aplicam-se a todos. Relembro o ‘On Being Human’. Não interessa onde ele está. O que interessa é que me deram a oportunidade de ler um resumo perfeito da existência humana, como a Ana diz. Tudo o que li faz parte de um todo.

Não se preocupem se gostei ou não gostei. Notei que ficaram na expectativa se gostei ou não. Sou sincero. Não gostei… Adorei! Portanto, nada de preocupações, porque quem ficou preocupado fui eu, não sabendo se transmiti o meu verdadeiro sentimento quanto àquilo que me deram (especialmente para a Carolina).

Se sou um ‘modelo para qualquer um que aspire ser adjectivado de humano’, vocês fazem parte do molde que me fabricou.

Quero terminar com as seguintes palavras: se eu cresci, e se cresci muito nestes 18 anos, não só em altura, como refere o Hugo, vocês fazem parte desse crescimento. Vocês são pessoas formidáveis, com quem dá gosto conviver. OBRIGADO AMIGOS!

Ana Carolina

A tua excessiva preocupação leva algumas pessoas a chamar-te ‘Santa Carolina’.
Gostei do poema ‘Enquanto Houver’. Porque enquanto houver forças, hei-de lutar, enquanto houver guerras, crianças pobres sem de comer e beber, e muitas outras coisas injustas neste mundo, nunca hei-de atingir a felicidade, nunca ficarei livre da injustiça, corrupção, egoísmo, e tantos outros adjectivos negativos. Porque ninguém é mais que os outros. Somos todos seres humanos. Todos erramos, ninguém é perfeito. Cada um tem o seu feitio. E porque tudo isto existe, nunca hei-de ficar tranquilo. Enquanto tiver forças, hei-de lutar contra a maré, que sobe, sobe e continua a subir. E enquanto houver esperança, há vida. Porque ela é a última a morrer.

Tudo o que escrevi acima, saiu. Da cabeça para os dedos, dos dedos para teclado, e deste para o computador. Só para veres (verem), o quanto sinto isto. Porque me custa saber disto, tentarei reforçar todas as minhas forças para reverter esta situação, por muitos impossível. Para mim ‘nada é impossível’. E enquanto viver, tentarei nunca baixar os braços, para que os opositores não se fortaleçam neste mundo competitivo, nesta competitividade negativa. É com esta competitividade que se constrói cada vez mais um mundo à imagem da vingança, egoísmo, cobiça, numa constante discriminação racial, social e religiosa. Contudo, tenho consciência, que muitos pensam assim. Sei que me apoiarão nesta luta desigual, contínua e sem fim. Mas esse fim só se conquista com esforço e de cabeça erguida. E muita esperança…

Bem… desculpa. Descuidei-me (outra vez). Ainda tentei acabar mas continuei graças ao poema e à música. Tinha a intenção de comentar a tua parte com a ‘tua’ música, depois de ler o poema pela terceira vez. Viste o que me fez soltar? Pois tive de desligar a música … (lol). Deixo este desabafo porque foram o poema e a música que fizeram com que ele saísse. Mas ainda tenho muito mais a dizer sobre isso. E já sei como começar… Farewell Danny Elfman, com o poema de Mafalda Veiga.

Quanto ao poema para quem não é boa a interpretar poemas (que modéstia), estiveste muito bem. Há sempre uma boa razão para sorrir, tentar ser feliz e alcançar metas, objectivos e sonhos.

Quanto à música, foi uma prova de que a melodia também toca muito. Há melodias que precisam de letra para atingirem sentimentos Mas neste caso não. As duas primeiras vezes que ouvi, provocaram em mim um álbum de recordações tuas, de todos os bons momentos passados juntos. As restantes vezes que a ouvi, podes ver no que resultou, um mini-testamento, que pretendo melhorar e desenvolver.

Quanto ao ‘adeus’ que queres que se transforme num ‘até já’ ou ‘até sempre’, só tenho uma palavra: tu queres, eu EXIGO. Até Sempre!

Ana Leal

Em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade de ler o resumo perfeito da existência humana – ‘On Being Human’. É realmente uma síntese de tudo o que sentimos, de todos os momentos que enfrentamos diariamente, cada hora, cada minuto, cada segundo. Como pode um sentimento transformar-se noutro, completamente diferente, em segundos apenas? A confiança, por exemplo, demoramos anos a construí-la. Contudo, bastam segundos para a desmoronar. Há muitas coisas que nós questionamos, e a muitas dessas questões as respostas estão no ‘On Being Human’. Adorei lê-lo! Soltou-me em mim 1001 pensamentos sobre grande parte dos sentimentos que passam por nós. É impressionante como retrata toda a nossa vida emocional.

E quantas coisas é difícil constatarmos no ‘On Being Human’… Uma delas é a aprendizagem de que o tempo não volta a trás, e que não existe nenhuma máquina do tempo, como bem sonhávamos quando víamos imensos desenhos animados. Esse mundo não existe, e o mundo que nos aguardava era bem mais duro do que imaginávamos na altura. Sacrifício, era uma palavra que não encaixava muito nas nossas ingénuas brincadeiras. Injustiça e crueldade eram sempre vencidas pelos nossos heróis televisivos. O bem ganhava ao mal. O mundo não é bem assim. Para tanto mal, não há bem que lhe resista.

Concordo plenamente contigo, quando referes que “se lêssemos este texto todos os dias ao acordar, e o conseguíssemos manter como pensamento central, o mundo era bem melhor pelo simples motivo de que seríamos pessoas bem melhores”. É, sem dúvida, uma filosofia de vida, da qual todos nós deveríamos seguir. Porque se a seguíssemos, seríamos pessoas melhores, e o mundo seria também melhor. Cada um de nós faz parte dele, e para ele ser melhor, precisa de nós. É como uma empresa. Se os empregados trabalharem bem, a empresa, muito provavelmente, cresce financeiramente, devido ao aumento de rendimento. Nós somos os empregados desta grande empresa Mundo. Se nós praticarmos o bem, ele sairá rico emocionalmente. Se porventura questionarmos a razão pela qual, apenas uma infinitésima parte das pessoas tentar seguir esta filosofia de vida, não enfraqueçam. Não é por isso que não devemos de fazer aquilo que é correcto para nós. Devemos tentar é influenciar a filosofia de vida das outras pessoas. Ou isto não fará parte da nossa filosofia de vida?

Quanto a este último ponto, acho correcto confessar que a minha filosofia de vida foi bastante completada pelo ‘On Being Human’.

Sonhei em pequeno. Continuo a sonhar. Sonharei em diante.

Sonhar orienta a nossa vida. A tal capacidade de sonhar incrível, que nasce da inquietação da descoberta, de querermos descobrir sempre mais alguma coisa sobre nós, querer chegar mais alto. Porque nós não nos conhecemos na plenitude, ficamos inquietos por essa descoberta. Qual a nossa personalidade? Que porta abrirá? São pois, “Inquietações da Descoberta”.

Os melhores cúmplices são a família e os verdadeiros amigos. São cúmplices aqueles que nunca desaparecem do nosso caminho. São aqueles que nunca nos deixam na solidão. São aqueles que em momentos menos bons, se apoderam dos nossos sentimentos e provocam um sorriso, por entre lágrimas de mar. São aqueles que independentemente da distância não largam o rasto das nossas pegadas na areia. Como o poema da canção diz ‘se tu fosses o meu caminho, se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho’. São pessoas que admiramos.

Por isso quero ser teu CÚMPLICE, para o resto da vida, ou até ao amanhecer, mas que o amanhecer fique tão longe como o fim da vida…

Hugo Pereira

Um belo momento de sabedoria popular veneziana… Ai Veneza… Pois qualquer dia hei-de conhecer não só outros ditados populares, provérbios, mas também a cidade com o meu próprio corpo presente. Porque não me contento apenas com fotos de pessoas sorridentes a flutuarem nas águas românticas que Veneza tem para dar.
Mas não ficava só por Veneza. O que quero mesmo é uma volta ao Mundo completa. Que se note ‘completa’. Viajar a todos os cantos onde a cultura me surpreenda, onde os meus olhos não se cansem de ver, onde o meu corpo não encontre tempo para descansar.

Quero comentar o primeiro provérbio. Despertou-me o interesse. ‘A fome faz-nos saltar, Mas o amor faz-nos saltar mais alto’. Aos venezianos, venezianas, e a todos os outros tenho uma coisa a dizer: O amor faz-nos saltar mais alto que a fome. Mas não se esqueçam, quanto mais alto é o salto, maior é a queda.

Quanto ao poema, de facto não conhecia. Já o ‘Libertação’ não me era estranho. È daquelas sensações de que já ouvimos uma coisa parecida. Ainda vasculhei numa pasta onde tenho poemas de vários poetas, como Florbela Espanca (ainda bem que a telenovela da SIC tem um ‘i’ no meio, se não ficava traumatizado com os seus poemas), Fernando Pessoa, Bocage, Almeida Garrett… mas não. Nem ‘Libertação’ nem ‘Cântico Negro’. Ainda bem, a cultura é algo que deve crescer e amadurecer. Neste caso está a crescer.

Enfim, dirigindo-me directamente para o poema, Hugo, não é só simplesmente espectacular. É simples e complexamente espectacular. É um grande poema, porque os grandes poemas são aqueles que transmitem uma mensagem principal, e que cada verso pode ser interpretado de várias formas. E este ‘ Cântico Negro’ sim… é grande. Também gostei muito da interpretação de João Villaret. A mensagem principal, para mim, é o não termos medo de dizer não, quando nos chamam para um determinado caminho. Sermos nós próprios os conscientes do futuro que queremos, do caminho que queremos tomar para atingir um dado destino. E como três versos dizem:

“Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar os meus próprios pés na areia inexplorada”.

Para mim, estes dois últimos versos significam muito neste poema. O querermos descobrir nós próprios o caminho que nos reserva, sem irmos atrás de alguém sujeitos a ficar enganados. Não! Temos que ser nós os navegadores do caminho do futuro.

Uma nota ainda. Quero uma pasta, em suporte informático, com todos os poemas que possa ler. Não digo com isto, todos os que escreveste.

Prosseguindo o raciocínio do poema, parto para a citação filosófica de John Donne, com a consciência de uma ligação bastante importante. A necessidade de contactar com os outros, interagir com o meio em que estamos inseridos, é fundamental para que encontremos o tal caminho, o caminho do futuro. Como diz a citação, “Nenhum homem é uma ilha isolada”. Cada um de nós faz parte do mundo, apesar de termos um lado lunar (mas isso é outra história).

Quanto à música… belas músicas. Gosto de Xutos e do ‘Homem do Leme’. Afinal de contas, quem não gosta de ouvir o épico ‘Homem do Leme’. Quanto à interpretação, tu dizes tudo. Saliento apenas uma coisa que me marcou, a tua 5ª lição: ‘Muitas vezes o futuro vai-te fugir por entre as mãos’.

“A utopia é como o horizonte: quando damos um passo na sua direcção, ela afasta-se um passo; quando damos dez passos, ela afasta-se dez passos; para que serve então a utopia? Para não deixarmos de caminhar.”

Isto complementa na perfeição o que tenho vindo a dizer.

Falando em perfeição, ninguém é perfeito. E que música melhor para transmitir aquilo que trava a conquista da perfeição. ‘Lado Lunar’ de Rui Veloso.
Fechando a música, acabo em ‘Vertigo’, pois é sinal que vivi. Hugo, que tu também vás a ‘Vertigo’ muitas e boas vezes.

Se sou um modelo para qualquer um que aspire ser adjectivado de humano, tu fazes parte do MOLDE que me fabricou. Obrigado!

Sunday, December 24, 2006

Lista de Desejos

Com o novo ano a aproximar-se eu não posso de deixar de pensar naquilo de bom e de mau que ele me poderá trazer. E sim, qual criança de 7 anos, adoro fazer um lista de tudo o que quero que aconteça no próximo ano! E por isso intímo-vos a fazerem o mesmo! E sim Ana, eu já sei que fizeste uma cena parecida no teu outro blog, mas não tenho a culpa que publiques lá montes de cenas e aqui quase nada! =P

Então cá vai, para 2007:

- Quero continuar a publicar e a comentar neste blog.
- Quero que os meus amigos o continuem a ser.
- Quero que a minha mana se safe na Universidade.
- Quero ganhar o Euromilhões pelo menos uma vez.
- Quero passar no CAE.
- Quero que a viagem a Londres em Feveriro corra bem.
- Quero que o Curso em Londres em Agosto corra ainda melhor.
- Quero passar nos exames da escola.
- Quero que o Parlamento dos Jovens seja espetacular.
- Quero que a Visita de Estudo a Aveiro seja brutal.
- Quero ir acampar com voçês deste blog.
- Quero continuar a ter muitos jantares de turma, da presente e das passadas.
- Quero ir com o pessoal ao cinema tantas vezes quanto possível.
- Quero que a Ana Leal venha conosco ao cinema visto que não o faz à mais de 3 meses.
- Quero que as coisas entre a Ana Leal e o outro menino corram bem.
- Quero continuar a comer After Eight com a Ana Leal.
- Quero que o Nuno não se estrague por Aveiro.
- Quero que o Nuno venha cá mais vezes.
- Quero que os Séniores de Hóquei da JO fiquem numa boa posição.
- Quero que o Benfica ganhe o campeonato.
- Quero muitos lanches no Alfa.
- Quero mais saídas à noite.
- Quero mais sessões de Trivial em minha casa.
- Quero ler carradas de livros.
- Quero continuar a descobrir mais música.
- Quero conhecer pessoas que valham a pena.
- Quero rir muito, mesmo muito; pelo menos 10 gargalhadas por dia!
- E finalmente, quero que todas as pessoas de quem gosto (onde se incluem voçês obviamente) sejam muito muito felizes!

Feliz Natal


Bem, alguém deveria assinalar esta data aqui no blog, mas como o meu espírito natalício está uma pouco em baixo, é só mesmo para desejar ao Nuno e à Ana um:

Feliz e Santo Natal
=)

Idealidade Distorcida

Bem, isto é um poema que fiz há já bastante tempo e que nunca publiquei porque está francamente mau; mas, na sequência dos posts anteriores lembrei-me dele porque acho que consegue, de alguma forma, espelhar a minha opinião sobre os assuntos que têm estado em discussão:

Lutamos, dia após dia, por um ideal de felicidade.
que sabemos, é pura impossibilidade.

E corremos todos os dias desvairados
nesta nossa desvairada realidade,
perseguidores incansáveis
de uma impingida e distorcida idealidade.

Ideal distorcido será por certo,
pois não corresponde nem de perto,
ao ideal do homem ultimado.

Não é uma essência verdadeiramente nossa,
não é algo que dizer se possa
sobre alguém que se afirma civilizado…

É um âmago animal
impregnado pela prevalência
do bem-estar individual;
por certo uma vazia e nula essência.
Um de sentido e finalidade desprovido ideal.

Impingido por um paradigma viciado,
forjado de conveniências e interesses,
é este o precioso legado
que deixamos como ideal de felicidade
aos que viverem quando já formos passado.
28/02/2006
Hugo Pereira

O Mundo vai Mal III

Primeiro, só prometer que este é o último da saga: O mundo vai mal. As triologias tão na moda, não é verdade?

Bem, comentando o comentário do Nuno (desculpem lá a redundância), comecemos pelo fim. Dizes que cometi um “erro de indução”. Deixa-me que te diga Nuno, que a indução não é um erro por si mesma e que é, a par da dedução ou da analogia, uma forma inferência válida! Mais, não podes afirmar categoricamente que um raciocínio indutivo está certo ou errado, pois ele não é objectivo, e a sua porção subjectiva apenas permite a que o consideres um bom ou mau raciocínio de acordo com a tua opinião pessoal.

Posto isto, dizes-me que, nesse mesmo raciocínio, e tratando-se de uma indução, eu parto de aspectos unicamente político-sociais para fazer uma apreciação do Mundo no geral. Primeiro Nuno, eu não quero nem posso ter a pretensão de fazer uma apreciação completamente objectiva de tudo o que o Mundo engloba (visto que disso, não devo conhecer senão uma ínfima parte), mas não considero que isso seja impedimento para fazer um artigo de opinião geral. Como tu muito bem dizes: “A expressão Vai Mal o Mundo invoca um sentido geral do Mundo”. Mas, mesmo assim, continuo a considerar legítima a minha conclusão de que, de facto, Vai Mal o Mundo, partindo de aspectos político-sociais, mesmo que me acuses de os usar até à exaustão. Passo a explicitar o meu ponto de vista. A Política e a Sociedade condicionam o nosso mundo. A política com as suas leis e directrizes e a Sociedade com os seus comportamentos e padrões, e a interacção de ambas, limitam, transformam e regem o Mundo que conhecemos. Por isso, quando a Política é algo de decadente e a Sociedade é amoral, as teias que mantêm tudo na ordem afrouxam. Neste contexto, como pode a Economia não ser corrupta? Como pode a Educação ser adequada? Como pode a Cultura prosperar? Quando me refiro aos problemas político-sociais Nuno, refiro-me implicitamente a todas as consequências óbvias que estes têm em tudo o resto!

Dizes ainda, que nunca comparaste situações político-sociais, mas sim situações de conflito. Deixa-me que te pergunte Nuno, o que são afinal os conflitos senão situações político-sociais? Os conflitos dependem do ambiente político-social, são dois aspectos indissociáveis, por tal, quando dissertas acerca de conflitos estás implicitamente a falar da política e da sociedade onde estes ocorreram e que dos quais foram os mentores e as vítimas. É pelo menos assim que eu os entendo.

Acho que houve outro aspecto que não ficou claro. Perguntas-me se não podemos comparar a actualidade com a II Guerra Mundial para daí se extrair que hoje em dia a situação é claramente melhor. Agora sou eu que te digo que tu, Nuno, é que estás a fazer uma interpretação demasiado linear das coisas! Claro que, objectivamente, a II Guerra Mundial foi algo de abominável e que, por isso, é incomparável com a nossa quase, desse ponto de vista, “confortável” situação de hoje em dia. Quem é que discorda disso? Contudo, a nossa situação, Nuno, é muito pior se considerarmos que mesmo depois dos horrores com que o Homem foi confrontado naqueles nefandos 6 anos, o homem continua (60 anos depois!!) a cometer os horrores com que somos bombardeados todos os dias nos telejornais. É precisamente por já terem havido duas sangrentas Grandes Guerras que o que se vive hoje em dia é incomensuravelmente pior! Só atesta que o Homem não aprende com os seus erros e abre como possibilidade cenários futuristas arrepiantes. Sim Nuno, a situação de hoje em dia é muito pior, por ser incompreensível…

Quanto ao Protocolo de Quioto Nuno, eu sei o que é, e por saber o que é, é que não tenho grandes esperanças nele. Afinal, a falta de neve nos Alpes e o milagre da multiplicação dos furacões a que temos assistido ultimamente não são propriamente caprichos de São Pedro…

“Tem de existir instabilidade para gerar progresso”…olha Nuno, só te digo que, quando essa instabilidade, quando esses erros de que falas envolvem a morte e o sofrimento de milhares de seres humanos, eu tenho vontade de perguntar: Que raio de progresso é esse? Não sei se é realmente essa a tua opinião, mas foi a conclusão que tirei do que escreveste: o progresso não deve nunca ser um fim em si mesmo, Nuno, mas sim um meio para atingir um fim. E esse fim está tão distante…

E é por isso mesmo, por estar distante, por o Mundo estar realmente mau, que este meu pessimismo crónico não tem como objectivo o cruzar os braços em expressão fatalista, mas sim o arregaçar das mangas para nos esforçarmos para o atingir. Sim, para atingir o “Mundo cor-de-rosa às bolinhas amarelas” Nuno! Tu dizes que é impossível, eu sei que é impossível! E daí?

“A utopia é como o horizonte, quando andamos dois passos para a alcançar, ela afasta-se dois passos; quando damos dez passos, ela afasta-se dez passos; para que serve a utopia, então? Para não deixarmos de caminhar!”

Saturday, November 18, 2006

O Mundo vai estar melhor

Vocês são os dois excelentes pessoas e têm os dois carradas de razão. No entanto, na minha opinião, as coisas não podem ser vistas nem duma maneira, nem de outra. Ou melhor, têm de ser vistas das duas.

O Mundo está mal? Em alguns aspectos, sim, muito mal, decadente, um nojo. Estamos no século XXI e os países ricos continuam a alimentar a fome dos mais pobres, a corrupção e a o leque de bandidos disfarçados está no auge e as guerras intensificam cada vez mais o seu carácter estúpido e irracional, ao passo que insistimos na ideia de nos apelidarmos de racionais (irónico, não?).

(Apesar de, como me disse uma vez uma pessoa, as guerras resolverem muitos problemas demográficos. A mesma pessoa que defendeu que se há incêndios, cortam-se as árvores.)

O Hugo enumerou uma série de bons exemplo de estupidez humana, não vou repetir até porque não são coisas verdadeiramente agradáveis. O Mundo está mal? Muito mal.

Contudo, e como disse o Nuno, nada é tão linear assim. Todos os dias pessoas sorriem e riem alto, mesmo nas piores condições. Todos dias há quem chore pela pessoa que está ao seu lado. Todos os dias se dizem palavras lindas como “gosto muito de ti” em todas as línguas e dialectos do Mundo. Há pessoas que deixam os seus países para ir ajudar outros. Pessoas que arregaçam as mangas e constroem qualquer coisa de bom. Pessoas que contribuem para campanhas de generosidade. Voluntários de todas as áreas. Todos os dias há alguém que faz um amigo.

Para quê deitar toda a laranja podre quando só um gomo é que está amargo? Está muito amargo, eu sei. Mas e o resto? O Mundo está todo mal?

Eu sou muito feliz. Cada dia mais. E gosto de acordar e de viver neste Mundo que recuso aceitar ser do cão. Este Mundo é meu, é vosso, é de todos. E se não é, cabe-nos a nós fazer com que seja.

Também é para isso que estudamos, certo? Não acredito que amanhã, quando acordar, as coisas estejam resolvidas. Mas acredito que só vivendo as podemos mudar. E acredito que podemos.

Eu sou feliz aqui. E qualquer dia, seremos todos. E por que não começarmos por dizer que o Mundo vai ser melhor?

Comentário ‘Vai mal o Mundo…’ II

(1) A expressão ‘o Mundo vai mal’ invoca um significado geral do Mundo. Os argumentos que tu utilizaste referem-se apenas ao aspecto político-social. O Mundo é muito mais que isso. Se o Mundo fosse só política, aí sim, o Mundo estaria muito mal. Mas não é. E aqui nasce a minha opinião relativamente à expressão ‘o Mundo vai mal’. O meu significado de Mundo engloba muito mais que política, e por isso, admito, e com convicção, que o Mundo vai bem e mal, dependendo dos aspectos.

(2) Consequentemente, o meu comentário não quer contradizer os teus argumentos, mas sim, a forma como tu utilizas o aspecto político-social exaustivamente, como se o Mundo fosse só política. Deverias ter dito ‘o Mundo vai mal politicamente’, porque o objecto que tu utilizas para defender a tua ideia é puramente político-social.

(3) Aquilo que apresentei de contraste entre o passado e o presente, não pode ser interpretado tão linearmente como tu o fizeste. É mais que óbvio que a instabilidade político-social não pode ser comparada entre os períodos Idade Média e a Actualidade. A Monarquia e República, respectivamente, assim o ditam. E o que comparei não foi a situação política, mas sim as situações de conflito. E até podes confirmar que no meu comentário, na relação entre períodos de história, rara ou nenhuma vez utilizo a palavra ‘política’, por não haver relação possível. Portanto, tem cuidado quando argumentas que não posso fazer a relação político-social, porque não a fiz.

(4) Uma coisa que não deixei bem explícita, é que, no passado próximo, o século XX, as ditaduras tomaram posse em certos países, inclusive Portugal. Mas nem foi o caso de Portugal que tentei expor. Foi o caso da Alemanha, mais que sabida. Hitler foi a imagem do Nazismo, que apoderou a política alemã. Aqui já podemos comparar diferentes períodos da história politicamente, ou não? E não foi com esta política que a Alemanha quis ampliar os seus territórios, com o seu império nazi? Com a sua política anti-semita? Pois bem, e o que é que isto levou? À 2ª Guerra Mundial. Que originou milhões de mortos. E digo isto porque no meu comentário referi este conflito, tento associado a uma instabilidade político-social. E as mortes não foram as únicas contas negativas. Cidades destruídas, campos agrícolas devastados, etc. E dizes que o Mundo vai mal politicamente, sem comparar com aquilo que a humanidade viveu no século passado?

(5)
Referi ainda ‘Martin Luther King foi o rosto de milhões de negros que tentaram aniquilar o racismo’. Achas que isto não foi uma instabilidade político-social? Não dividiu sociedades?

(6) Utilizaste a expressão ‘que se lixe Quioto’ e até disseste que não acreditavas no aumento da camada de ozono. E digo-te que, o Protocolo de Kyoto foi estabelecido com o intuito de diminuir as emissões de gases poluentes, que transformem o ozono em moléculas diferentes, grande maioria mais simples. Os países que assinaram este tratado têm de cumprir uma margem de gases poluentes emanados para a atmosfera. Caso excedam, têm de pagar multas, nada leves. Aliás, um país, que pertença ao lote de países que assinaram esse protocolo, caso não atinja o valor mínimo de emissões anuais, pode vender essas emissões a outro país, também ele membro, como é óbvio. Como vês é tudo muito limitado. Ninguém pode exceder, sem ser prejudicado financeiramente. Não duvido que, as reduções em mais de 150 países, não tenham tido qualquer efeito no aumento da camada de ozono. E só não aumentou mais, porque os EUA (e a Austrália) não ratificaram o protocolo.

(7) O Mundo cor-de-rosa às bolinhas amarelas também gostava de ver. Adorava até! Mas é impossível… Tem de existir instabilidade para gerar progresso. Até porque é com os erros que se aprende.

(8) Para finalizar, acho que tu, Hugo, cometeste foi um erro no início, no teu 1ºpost. Classificaste o Mundo apenas no campo politico-social, considerando que o ‘Mundo vai mal’. Cometeste um erro de indução: partiste do aspecto politico-social para concluir que ‘o Mundo vai mal’, ou seja, do campo particular/específico tiraste um conclusão geral.

Thursday, November 09, 2006

Vai mal o mundo...II

Começando por esclarecer a Ana, uma Espanha minada de deferenças? Não falo só na ETA, que é a faceta mais visível, por outra, faço-te uma pergunta, existe, de facto, uma nacionalidade espanhola? Eu acho que não, porque antes de serem espanhóis, nuestros hermanos, são: galegos, aragoneses, valencianos, catalães, asturianos, bascos, castelhanos, andaluzes, granadinos... Enquanto que em Portugal, todos somos portugueses, e depois sim, tu serás algarvio e tu madeirense e o outro beirão e eu ribatejano. Pode parecer uma mera questão de precedência, mas faz toda a diferença para a unidade nacional, para utilizar a espressão em voga.

Respondedo à pergunta do Nuno: sim, vai mal o mundo! Perdoem-me o pessimismo... Tudo quanto foi dito no comentário anterior são verdades (talvez com a excepção do aumento da camada de ozono, ainda por provar, e no qual, francamente, não acredito). Mas eu não me referia tanto aos progressos técnicos ou científicos. Eu referia-me aos progressos humanos, que, obviamente têm na política o seu reflexo.

Oh Nuno, permite-me que discorde veementemente num aspecto: lá por a história estar manchada de conflitos, isso não significa que os mesmos, por serem em proporção menor (algo de que também discordo), sejam aceitáveis! A meu ver, daquilo que conheço de história, não há, nem pode haver, comparação da instabilidade político-social que vivemos hoje em dia com qualquer outro período, porque estamos no século XXI d.C. e não na Idade Média! Falaste-me ainda das Guerras Mundiais; há alguém que hoje em dia ainda não tenha pensado, mais do que uma vez, que a terceira vem a caminho? Acreditas que toda esta instabilidade crescente acentuada pela crise económica, e pela consequênte radicalização de mentalidades, não terá outro tipo de consequências? Os casos que falei no primeiro post, são apenas alguns dos reflexos mais evidentes...

O mundo vai mal, porque a tolerância, a paz, a compreensão, a entreajuda, a cooperação, tudo isto não passam de vocabúlos gastos e sem significado, que começaram a fazer algum sentido em tempos mais bonançosos, mas que agora, em tempos de crise, se esquecem propositadamente. É o cada um por si, e que se lixe Quioto, o ambiente, o diálogo interreligioso, etc.

A ciência cura a humanidade dos males físicos, mas ainda não a cura dos males do espírito e da mente. E é disso que padecemos agora; é para isso que necessitamos de remédio...

Sunday, October 29, 2006

Comentário 'Vai mal o Mundo...'

Também não sei... (resposta ao comment da Ana). Quanto sei, a Espanha tem grandes conflitos internos. A ETA não dá descanso às forças e políticas opositoras, enquanto não conseguir o que realmente quer. A Espanha está, de certa forma, numa situação politicamente problemática. A situação é grave. Os ataques da ofensiva ETA tentam ser mortais, e muitos têm sido. Não sei o que tu, Hugo tentaste dizer com 'minada de diferenças'. As ultimas eleições em que Aznar caiu no 'estender do pano', após os ataques da Al-Queda a 11 de Março (2003)?

Quanto ao texto parabéns! Revela muita informação actual, e muitos conhecimentos da tua parte. Parabéns pelo conteúdo, não por aquilo que ele significa, porque quanto a isso, de facto, o mundo vai mal...
Mas será que já não esteve pior?


As 1ª e 2ª Guerras Mundiais não foram bem piores que aquilo que vivemos hoje? Podemos ter muitos conflitos, que não deixam de ser preocupantes, mas atenção: sempre existiram conflitos entre países. Muitos dos conflitos de hoje vêem de tempos antecedentes. O desmembramento da Rússia foi um deles. O muro de Berlim e a sua queda, a completar 20 anos em 2009, é outro conflito do século passado.

E se recuarmos mais no tempo, encontrarás as guerras dos 30 e 100 anos, Napoleão e o seu monopólio, etc. E se recuarmos às civilizações, com destaque a romana, verás que, desde sempre os conflitos existiram.

E não foram eles (não só aqueles, mas muito mais) que construíram a história?

A história está numa constante construção. O Mundo já viveu crises passageiras, graves crises, e hoje vive muitos conflitos que, decerto preocupam. Não podemos descrever a situação como ‘o Mundo vai mal’… Porque sempre foi bem e mal. Em todas as épocas e períodos da história, houve factos que revolucionaram o Mundo, e outros que o prejudicaram.
O avanço científico, electrónico e tecnológico tem vindo a projectar a vida das pessoas. E talvez seja esse avanço que cause cada vez mais problemas que, posteriormente, levam a conflitos. O caso do petróleo é o mais visível. Muitos conflitos entre países nascem na questão do petróleo. O avanço que o Mundo está viver, obriga a que certas reservas naturais sejam exploradas. O petróleo demora milhões de anos a formar e não estão em vista soluções para o seu esgotamento? A investigação na área das energias renováveis tem tido esse papel. Neste caso concreto, o Mundo vai ‘mal’ na gestão do petróleo e ‘bem’ na descoberta de soluções. E poderia referir muitas outras situações em que o mundo vai bem e mal. O buraco do ozono está a fechar… E o Mundo vai mal? Pode ir mal em alguns aspectos, mas vai bem na questão da camada de ozono.

Para acabar, vou-me dirigir para as condições higiénicas e hospitalares. Como era o Mundo dois séculos atrás e como é agora? E as condições de parto e pós-parto… Como eram e como são?
E o Mundo vai mal…?

O que quero transmitir daqui é que em tudo, há coisas boas e coisas más. Durante a história houve progressos e regressos. E que hoje em dia, isso continua assim. Temos vertentes que vão bem e vertentes que vão mal. Nem tudo vai bem e nem tudo vai mal. Há equilíbrios e desequilíbrios entre eles. A grande crise capitalista em 1929 nos EUA, foi um desnível, entre dois grandes regressos (1ª e 2ª Guerras Mundiais) que levaram a um completo desequilíbrio entre o bem e o mal.

Queria também salientar que muito ficou por dizer quanto aos factos que marcaram positiva e negativamente o Mundo ao longo do tempo. Refiro apenas mais alguns pontos importantes.
Einstein e a sua teoria abriram caminho para o progresso. Hitler e o Nazismo tentaram apoderar-se do Mundo, acabando por matar milhões de pessoas, maioritariamente judias, pela sua política anti-semita. Os Descobrimentos abriram portas para o contacto entre povos e culturas. Mesmo assim, trouxe consigo a escravatura. Diversos tratados foram (e são) assinados para resolver e solucionar muitos dos problemas com que o Mundo foi (e é) confrontando. Contudo, nenhuma lei foi criada para resolver o racismo que dominou no século passado, nos EUA. Martin Luther King foi o rosto de milhões de negros que tentaram aniquilar o racismo.

Gostava que isto também fosse entendido como uma visão optimista.

Com tudo isto pergunto: O Mundo vai, de todo, mal?

Sunday, October 08, 2006

Vai mal o Mundo...

Temos assistido, nos últimos dias, à escalada de tensão no Extremo Oriente devido aos iminentes testes nucleares que a Coreia do Norte afirma ir realizar. Está por um fio o equilibrio precário que se estabeleceu em 1953, após o fim da Guerra da Coreia, entre as 5 potências da região: China, Japão, Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul. Uma equação que ainda se complica mais com a presença, que nos nossos dias vai caminhando para a omnipresença, dos EUA!
Nenhuma das 6 nações supracitadas, com a óbvia excepção da Coreia do Norte, vê com bons olhos a nuclearização dos norte-coreanos. A Coreia do Sul teme que os projectos de unificação de Pyongyang passem à prática e que se assista a uma II Guerra da Coreia, desta vez não para separar, mas para unificar. Os EUA, a Rússia, a China e o Japão temem as visões imperialistas de Kim Jong-il, o líder norte-coreano. Mas dos 4 o Japão é o que teme mais, pois não conta com Forças Armadas, uma herança da derrota da II Guerra Mundial. Aliás, uma Coreia do Norte nuclarmente activa pode dar ao Japão a desculpa para voltar a implantar as instituições militares, o que geraria uma nova frente de conflito. O Conselho de Segurança da ONU garante que ajirá "em conformidade" caso Pyongyang ignore os avisos internacionais e realize os testes. Resta saber no que é que se traduz, na prática, ajir em conformidade.
Quando olho para o mapa político do nosso mundo de hoje em dia, resalta-me à vista aquilo que ali não se vê: Cuba e Venezuela cada vêz mais contra os EUA; Colômbia e Bolívia a penderem para a Guerra Civil; uma Espanha minada pelas diferenças; uma França repleta de problemas sociais; uma Bélgica à beira da separação; uma Rússia cada vez mais virada para a ditadura; os esforços falhados de uma Turquia ocidentalizada; um Líbia ditatorial; uma Somália em conflito eminente com a Etiópia; um Iraque mergulhado numa Guerra Civil que ninguém quer admitir; um Afeanistão a caminhar para o mesmo; um Irão cada vez mais bélico e nuclear; uma revolução Tchetchénia sem fim à vista; uma Geórgia em conflito com a Rússia; uma Hungria mergulhada em problemas de corrupção; a bomba de Cashemira sempre pronta a explodir entre o Paquistão e a Índia; instabilidade no Nepal; agitação dos revoltosos Curdos; os ânimos cada vez mais acesos entre muçulmanos e hindus na Indonésia; Timor sem Rei nem roque; uma Coreia do Norte belicista; o radicalismo e o fundamentalismo islâmicos a subir em flecha; uns EUA que só complicam a situação internacional; uma NATO a passar de estrutura defensiva a ofensiva e uma ONU que no meio de tanto conflito nem sabe muito bem para onde se virar...
De facto, meus caros, vai mal o mundo...

Da Rússia com...sangue.

Foi ontem morta a tiro, no elavador do prédio onde habitava em Moscovo, Anna Politkovskaia, jornalista russa de renome.
Anna Politkovskaia era reporter do jornal russo independente Novaia Gazeta e era mundialmente conhecida pela sua cobertura da II Guerra da Tchetchénia, especialmente crítica em relação às políticas do Kremlin. Aquilo que se pode ler nas entrelinhas dos artigos publicados na imprensa internacional é que o Governo Russo é tido como o muito provável mentor deste assassinato. Anna Politkovskaia tinha vindo a publicar desde 1999 uma série de artigos referentes à Tchetchénia que criticavam duramente o executivo de Vladimir Putin e tinha também já publicados alguns livros sobre o assunto cujo o mais recente se intitulva: "A Rússia segundo Putin". Amplamente premiada no Ocidente pela sua voz corajosa que denunciava os abusos cometidos pela Rússia no conflito que já desgraça a região à 7 anos, Anna Politkovskaia era, por outro lado, vítima de ameaças de morte na Rússia, motivo pelo qual já se tinha refugiado na Áustria em 2001. A sua crescente fama internacional era tida como uma capa protectora contra este tipo de situações, assumpção que já se tinha provado errónea aquando da sua tentativa de envenenamente durante a tomada da escola de Beslan em 2004.
Este não é um caso isolado! Desde 1996 que 23 reportes russos já foram assassinados, 12 dos quais desde que Putin chegou ao poder. E nenhum dos casos foi convenientemente investigado. É incrivel como o Ocidente continua a fechar os olhos aquilo que o Prof Marcelo Rebelo de Sousa chamou de: "...uma ditadura suave (...) uma ditadura disfarçada de regime democrático." Este assassínio volta a trazer à baila a questão da verdadeira existência da democracia russa, país onde muitos afirmam que fazer jornalismo independente e verdadeiro se tornou numa profissão deveras perigosa...

5 de Outubro

A nossa República Portuguesa comemorou, no passodo dia 5 de Outubro, 96 anos de existência institucional. Nesta data, ainda mais agora que nos aproximamos de centenário, fazem-se balanços e reflecte-se sobre esta longa jornada que Portugal tem vindo a empreender desde aquela manhã fria de principios de Ouubro de 1910 em que, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, se proclamava a um povo em delírio o fim da Monarquia. Escrevo este artigo baseado em mais uma edição da "Revolta dos Pastéis de Nata", que vi neste passado dia cinco, onde se debatia República versus Monarquia. Debate marcado essencialmente por saudosismos monárquicos.
Na minha opinião sincera, a implantação da República foi o culminar de uma ilusão que se iria desfazer pouco depois. Acreditava-se que a Família Real, ou seja, a instituição monárquica, era a fonte de todos os males e que bastava acabar com ela para que o país pudesse avançar, que isso, lá honra lhe seja feita, bem precisava. Contudo, nada de substâncial mudou. A crise, pesada herança dos tempos monárquicos, não se evaporou com uma mudança de regime político! Aliás, agravou-se, por obra da maldita guerra que desplotou 4 anos após e na qual nos metemos sedentos de afirmação, e também da instabilidade governativa que grassou naqueles curtos 16 anos que durou a nossa malfadada I República. Pois é, o país não estava preprado para uma mudança de regime, essencialmente por ser coisa que desejava ardentemente! Eu explicito, é que havia tantas esperanças que o povo queria mudanças visíveis num mês! Ora isto fazia os governos cair ao fim de 3 meses... Verdade seja dita, que os republicanos tiveram a coragem de tomar medidas inovadoras e prementes para o país: citem-se a laicização do estado, a instituição do divórcio e a reforma do ensino. Mas o facto e a lição que se pôde tirar é que a solução da crise não passava necessariamente pela mudança de regime!
Foi de facto uma ilusão! Não pensem que sou um saudoso monárquico, porque aprendi com a lição: também não acredito que hoje em dia a solução dos nossos problemas passe por uma mudança de regime político! Somos uma República, para o bem e para o mal, e como República devemos resolver os nossos problemas.

Monday, October 02, 2006

Revolta

Acho que deve ser a única palavra no léxico português que descrve inteiramente o que sinto neste momento... Talvez devesse fazer uma excepção para indignação. Desculpem-me, mas sinceramente não acho normal! Não é lógico! Mais, não tem lógica nenhuma! É ultrajante! Mas o pior é que não à nada que se possa fazer!
Bem, desculpem o desabafo, não devem estar a perceber nada, não é verdade? Eu explico. Na realidade é muito simples. O nosso querido primeiro-ministro fez aprovar uma lei na Assembleia da República que básicamente diz que, se uma empresa tiver dívidas ao fisco e não as puder pagar o seu técnico oficial de contas (ou contabilista) é que fica encarregue de a pagar ao Estado! Ora isto, na prática, traduz-se no seguinte: imaginem uma empresa que durante 10 anos se recusa a pagar impostos. O contabilista avisa, mas se a empresa não quer pagar ele não pode pura e simplesmente obriga-la! Vem uma fiscalização e descobre a fraude. Processa a empresa mas esta, devido à conjuntara que vivemos hoje tem pouco dinheiro. As finanças penhoram-lhes as instalações e os carros de serviço, mas isso nunca é suficiente. E onde vai o Estado cobrar o resto da dívida? Ao contabilista! Tira-lhe o dinheiro e penhora-lhe os bens!
Voçês pensam: até é justo. O contabilista se não convence a empresa a pagar deve deixar de lhe fazer a contabilidade! Se continuou é porque é conivente. Pois, assim até parece bonito! Mas na realidade, se os contabilistas o fizessem perderiam imensos, se não todos, os clientes. Por ventura seria o Estado a ir alimentar-lhe os filhos?
Pois é, mas isto para um Estado à beira de um colapso financeiro são balelas. O que lhes interessa é que lhes paguem os imposto, o resto é história...E é este o país em que vivemos...
Agora pensem como seria terem toda uma vida organizada, mas saberem que no dia seguinte as finanças vos podiam bater à porta e vos ficar com a casa e tudo o que ela tiver dentro, o carro, os ordenados... E tudo poe causa das dívidas de outrem...
PS: Excusado será explicar que apenas publiquei isto aqui por ser um blog visto por apenas três pessoas.

Sunday, September 17, 2006

Força aí Nuno

Bem, uma pequena nota para salientar um grande acontecimento! O nosso caro amigo e colaborador Nuno Silva entrou para a Universidade de Aveiro! Muitos parabéns, tu mereces! Agora é continuar a trabalhar, porque tu vais longe rapaz!
Bem, agora aqui no blog vais ter desculpa para te ausentares em épocas de exames, como é óbvio. Mas esperamos ouvir de ti novas histórias e aventuras!
Acima de tudo Boa Sorte!

Wednesday, September 13, 2006

Praia Lotada


Pode ser uma praia. Mas não é uma praia comum. Ou melhor não era. É que esta foto, datada de Março de 1951, exemplifica o turismo em massa que se fazia sentir em Coney Island. Na altura, segundo a 'National Geographic Magazine', a praia de Coney Island (não é propriamente uma ilha), ‘recebia cerca de 1,3 milhões de nova-iorquinos’.

Quando vi a imagem, saltou-me na mente uma série de preocupações, caso entrasse naquela praia. Preocupações como arranjar um lugar para estender a toalha deveriam ser uma constante na altura. Mas o que me veio de imediato à cabeça não foi propriamente isso. Se ficasse muito afastado do mar, junto à marginal, já viram o percurso que teria de percorrer, as pessoas que teria que contornar, os ‘com licença’ que teria de dizer, para dar um mergulho?

Sunday, September 10, 2006

Grigori Perelman

No dia 22 de Agosto deste ano, em Madrid, deu-se a entrega das medalhas Fields, cujas são consideradas o “Nobel da Matemática”, por serem o galardão mais elevado que se pode obter na matemática. Os homenageados eram quatro. Três compareceram e receberam os prémios, mas um não. O notável Grigori Perelman ausentou-se. O matemático russo misterioso.
Grigori Perelman tornou-se famoso por resolver a conjectura de Poincaré, conjectura esta que persistiu durante 100 longos anos, sem que as mentes mais brilhantes no mundo da matemática conseguissem a solução.



G. Perelman nasceu a 1966 em São Petersburgo. Aos 16 anos ganhou a medalha de ouro das Olimpíadas Internacionais da Matemática com uma prova perfeita. A medalha de ouro já é difícil de alcançar, visto ser uma prova que agrupa jovens de todo o mundo, mas uma prova perfeita é certamente algo muito invulgar.
Doutorou-se na Universidade de São Petersburgo, e entrou no Instituto de Matemática Steklov. Participou em diversas conferências onde a apresentação dos seus trabalhos surpreendia. Muitas dessas conferências realizavam-se nos EUA, onde ganhou a fama de “a kind of unworldly person” (homem afastado do mundo e de popucas palavras). Rejeitou vários convites de diferentes Universidades, e acabou por regressar à sua terra natal. Em 1996 rejeitou o prestigiado prémio da Sociedade Europeia de Matemática.
E parece ter rejeitado novamente outro prestigiado prémio, e desta vez, o principal galardão na matemática, a medalha Fields. De difícil contacto nos últimos tempos, a “New Yorker” parece ter conseguido algumas declarações. Diz que Grigori não está interessado em receber nenhum prémio. Segundo um colega seu, “podem procurá-lo pela floresta onde está a apanhar cogumelos”.

A Conjectura de Poincaré

A conjectura de Poincaré está incluída nos sete problemas do milénio. Formulada em 1904 por Henri Poincaré, incide sobre a topologia, um ramo fundamental da matemática, em que resumidamente, estuda propriedades fundamentais de objectos e espaços que não se alteram por uma deformação plástica. Imaginando objectos de plasticina, uma chávena é um ‘donut’, e um coelho é uma esfera, se moldarmos a chávena e o coelho, pois claro. O que interessa é que uma chávena não pode ser uma esfera, pois a chávena tem um ‘buraco’ e a esfera não. O mesmo não pode acontecer, na topologia, a transformação do coelho em ‘donut’, pois aí terímos que fazer um ‘buraco’. Estes são apenas os fundamentos básicos da topologia.

O problema de Poincaré ia muito mais além dos conceitos básicos. Especialistas, ao longo do século XX, bem tentaram resolvê-lo. Mas para se conhecer a solução teve que se esperar por Perelman, que em 2002, publicou na Internet um artigo em que mostrava como ultrapassar uma série de graves dificuldades que alguns matemáticos tinham encontrado na resolução da conjectura de Poincaré. Esse foi apenas o primeiro artigo. A seguir viria a publicar outros. No total, foram produzidas cerca de mil páginas de densas justificações, que apenas um número muito restrito de especialistas consegue entender.

A demonstração de Perelman, segundo todos os que estudaram o seu trabalho, está correcta e é um feito extraordinário de imaginação e técnica.

Fonte: Várias, incluindo ‘Actual – Expresso’. (Conteúdo adaptado)

Thursday, September 07, 2006

Boom Festival

O Boom Festival é um conceituado festival de música, dança, pintura, escultura, representação, entre outras coisas. É um mega festival cultural que reúne milhares de pessoas de todo o mundo.


O Boom Festival 2006 teve lugar em Portugal, em que Idanha-a-Nova voltou a ser a cidade anfitriã, entre 3 e 9 de Agosto. Juntou 20 mil pessoas de 63 nacionalidades.
Mas nem só de paz, amor e ecologia viveu o Boom. A droga também andou à volta do festival mais psicadélico do Verão. Debaixo das batidas de ‘psy-trance’ vendia-se ecstasy, LSD, e ‘cogumelos’.
Para além do festival cultural, o Boom também foi o festival das drogas em saldo. Isto porque, tanto fora como dentro do recinto Boom, vendia-se 25 g de LSD a 200 €, como na imagem, em que uma ‘hippy’ de 30 anos garante “É um bom preço. Lá dentro é muito caro”.Outras drogas também estavam à venda, como o Cristal Liquido. Eram as chamadas ‘drogas em promoção’. A grande maioria dos que vendiam droga fora do recinto era para ganhar dinheiro suficiente para comprarem os ingressos do Boom, nada baratos. Os menores de 12 anos não pagavam entrada, mas os restantes já não. Cada pessoa 110 €.
“Há quem negoceie como se estivesse numa feira”, escreve a jornalista do ‘Expresso’ Paula Pinto.
Contudo a GNR estava presente, e apesar da sua presença, nada demovia os vendedores de diversos produtos. Ainda que, no final de contas, após duas rusgas da GNR e PJ, 15 pessoas tenham sido presas por tráfico.


P.S. – Há 10 anos que faço campismo em Idanha-a-Nova, sempre com recurso ao feriado 15 de Agosto ‘Assunção da Nossa Senhora’. E mais uma vez fui este ano, onde acampei junto de pessoal do norte, e principalmente de hippies, que ainda permaneciam ali, depois do Boom Festival. Isto porque, não cheguei a apanhar o Boom. Fui de 12 a 15. Nunca tinha visto certas coisas, como as tais ‘sopas’ (droga), que os hippies tanto gostam. Aquele cabelo que não vê escova nem tesoura há anos, etc. O que me impressionou mais, foi o modo como passavam o dia. Cerveja na mão, sentados, o dia todo, se fosse preciso. As tentas lastimáveis… enfim, sem preocupações.

Fonte: ‘Expresso’ (Conteúdo adaptado)

Wednesday, September 06, 2006

Pilhas Espanholas

Por terras espanholas andei, e pilhas tive de comprar. E vejam só o desplante…?!

Ainda dizem que os espanhóis não são bondosos. Duas ‘pilas’ grátis. Nem em Portugal. Ainda para mais são classificadas como ‘Super Heavy Duty’ (canto superior esquerdo). Ah! E recicláveis…
E mais não digo… Ou melhor, apenas disse o que vi.

Thursday, August 31, 2006

«Once upon a time, in a school of far far away, a little girl received a letter without name... But there was a secret... The letter contained a spell... And the girl cound't be love by anyone till the day she got a kiss from the Prince Charming, who was supposed to be, her real love for all the rest of time. That day never came and the girl live sad and unhappy, not like in all other stories where they live "happily after ever".»

Wednesday, August 16, 2006

A cidade de Dresher

Ao longo da nossa vida damo-nos conta de inúmeras decisões que muitas vezes induzem alterações no nosso futuro. Isto acontece quando, por exemplo, temos duas possibilidades de actuar numa dada circunstância. Metaforizando, uma decisão é uma bifurcação de uma estrada.

Um homem caminha por uma estrada, até que chega a uma bifurcação.
- Qual o caminho para a cidade de Dresher?
O filósofo responde:
- Qual destas duas estradas aqui?
- Sim, sim.
- É da cidade de Dresher que anda à procura?
- Sim, sim.
- Quer ir por uma destas duas estradas para a cidade de Dresher?
Começando a ficar impaciente, o homem repete:
- Sim, que estrada é que vai para Dresher?
- Não sei.

(História de Bertrand Russel)

Friday, August 11, 2006

in "The People - Newspaper"

Mundial Alemanha 2006
Quartos-de-final
1 de Julho de 2006
Inglaterra 0 - 0 Portugal
1 - 3 (penalties)

Estava em Vila Real de Santo António (Algarve) quando tudo aconteceu.
Abalei de Ourém nesse dia rumo ao Algarve, mais propriamente Monte Gordo, para umas merecidas férias (no dia anterior tinha feito o exame de Psicologia). Nem planeava, mas não perdoei... uma semana e meia de intervalo entre os exames e a fixação dos resultados. Meus amigos, é que não perdoei mesmo (ou melhor, os meus pais. Sem eles não tinha ido LOL) .
Era também o dia em que Portugal jogava contra Inglaterra para os quartos de final. Mal cheguei, procurei logo um café, onde pudesse ver esse jogo.
Sim... mas no dia seguinte, fui à papelaria, dei uma vista de olhos pelos jornais nacionais, estrangeiros, e não é que dou de caras com este jornal inglês intitulado 'TORTURGAL'. Bastante original!

Sunday, August 06, 2006

Acabou

Insustentável.

Tenho uma vontade insaciável de viver. Ou deverei chamar-lhe egoísmo?

PS- Quando é vamos os três mais a Carolina ás piscinas?

Thursday, August 03, 2006

O 'Giro'. Ex-autocarro urbano de Ourém


“O ‘Giro’ deu uma volta e foi-se embora” Autor: CM Ourém


Esta é, possivelmente, a história mais curta que os oureenses têm para contar. Foi pouco o tempo de uma regalia que Ourém pôde desfrutar, e que só as grandes cidades têm direito.

O ‘Giro’, conhecido também como ‘Ponto G’, era o autocarro urbano da cidade de Ourém. Um veículo que diariamente transportava a população oureense de ponta a ponta da cidade, fazendo o seu trajecto circular. Passava pelo edifício da Câmara Municipal, Mercado, o novo parque de estacionamento, Centro de Saúde, e novamente, o edifício da Câmara.

O projecto foi elaborado com o objectivo de garantir à população a possibilidade de estacionamento dos seus veículos, uma vez que o futuro edifício da Câmara Municipal está em construção no parque de estacionamento que, até há bem pouco tempo, servia a população. Foi construído, por isso, outro parque, junto ao Centro de Saúde. O ‘Giro’ facultava, assim, o transporte do parque para o centro da cidade.

O ‘Giro’ até pode ser giro e bonito, até pode ser inovador para a cidade, mas Ourém não é uma grande cidade, como Leiria e Coimbra, para não falar de Lisboa e Porto, que nem comparação tem, e por isso não se justifica o investimento num autocarro urbano.

Ourém não é uma cidade tão grande que impeça as pessoas de se deslocarem a pé. Em 5 – 10 minutos, atravessa-se Ourém desde a Câmara até ao Cinema, Piscinas e Parque Linear. E sobre isto falo com convicção porque já o fiz inúmeras vezes.

Quanto ao lucro do autocarro, deve ter sido nulo. Mas um nulo muito bem redondo? Não, claro que não… com o lucro vêm as despesas. Um número com vários algarismos. Um valor, decerto, negativo. O gasolina/gasóleo não é de borla, as motoristas não trabalham por prazer, e assim desperdiçou-se dinheiro, sem ter entrado algum.

Conclui-se que o ‘Giro’ não foi muito feliz em Ourém. É pena… eu que fazia questão de andar uma vez...! (LOL)

Thursday, July 27, 2006

Situação Israel - Líbano

Na última quarta-feira foi publicado, pelo Hugo, um conjunto de vídeos que mostram o quão grave é a situação vivida entre os dois países do Médio Oriente, Israel e Líbano.
A esse conjunto de vídeos, converti em palavras. Contudo, os textos não substituem, de modo algum, os vídeos. Esses devem ser vistos por todos, porque é neles onde está descrito toda a tristeza desta situação.
É realmente muito triste...

Tensão no Médio Oriente

Porto de Beirute bombardeado, onde morreram 40 civis libaneses, dos quais 15 são crianças.
Ofensiva israelita promete até finalizar o seu objectivo: acabar com os ataques do Hezbollah.
Marinha israelita bloqueia acesso aos portos libaneses.
Retaliação do Hezbollah faz um morto e 29 feridos.
Grupo Xiita atacou o exército do norte de Israel, resultando 6 mortes e o rapto de 2 israelitas.

Ofensiva no Líbano 1

Líder do Hezbollah declarou guerra aberta a Israel, depois de ter sobrevivido a um atentado.
Israel falha, assim, o assassínio do líder de Hezbollah.
Israel sofre retaliação com foguetes (Katiusha).
Israel continua a impedir a troca de mercadoria nos portos libaneses.
Aeroporto de Beirute é bombardeado com o objectivo de fechar a ligação aérea com a cidade libanesa.
Morte de 2 israelitas na sequência dos ataques a Haifa (3ª cidade de Israel), onde foram envolvidos 150 projecteis. Ainda registo de cerca de 100 feridos.

Repatriamento Português

Existem, pelo menos, 33 portugueses a viver no Líbano.
Muitos aguardam uma oportunidade para saírem por via marítima.
O repatriamento português é assumido pela embaixada francesa, uma vez que Portugal não tem embaixada no Líbano. Contem apenas um Cônsul Honorado.
Emigrante portuguesa comenta: ‘começa a faltar comida, (…) as farmácias a fecharem por falta de medicamnetos’. Adiantou ainda: ‘temos um Cônsul Honorado que tem sido impecável’.
José Sócrates garante que as condições, para que os residentes no Líbano possam sair do país, estão asseguradas. Compete a eles decidirem. Ninguém sairá à força.
22 Portugueses foram avisados da situação de saída do Líbano promovida pelo Governo Português. Porém, ainda nenhum quis sair do país.
Alguns portugueses já abandonaram o Líbano por via terrestre em direcção à Síria.

Ofensiva no Líbano 2

Ao 7º dia da ofensiva no Líbano, já morreram, pelo menos, 23 libaneses.
Aviação israelita volta a bombardear Beirute.
Israel continua com a ofensiva até atingir 3 objectivos: libertação dos soldados raptados, desarmamento do movimento xiita, e envio do exército para o sul do território libanês.

Guerra no Líbano

Israel controla mais um bastião do Hezbollah.
Israel quer controlar o sul do Líbano até à chagada de uma força internacional.
7 Civis morreram na sequência de 5 bombardeamentos a sul de Beirute.
Os bombardeamentos tinham um alvo específico, cujo não foi atingido, e que as autoridades recusam a dizer de quem se trata.
Grupo xiita diz que a batalha ainda não terminou, e tema em resistir.

... muito triste este balaço.

(A reportagem, por não ser notícia, não comparece. Essa... só mesmo vista)

Wednesday, July 26, 2006

Guerras israelo-libanesas...

Se as imagens valem por mil palavras, os vídeos valeram por quantas?

"Tensão no Médio Oriente"
"Ofensiva no Líbano1"
"Repatriamento de portugueses"
"Ofensiva no Líbano2"
"Reportagem no Líbano"
"Guerra no Líbano"

É triste, é revoltante; seria cómico em todo o seu absurdo se não fosse tão grave.

Como diria Steinbroken, o sr. ministro plenipotenciário da Finlândia: "Ils sont très fort... Oui, je vous l'accord, ils sont excessivement fort... Mais voilà... Où vont-ils? Oh, c'est grave. C'est excessivement grave!"

Friday, June 30, 2006

Uma vida para além daquela que me espera...

Passamos o ano a desejar que cheguem. É a elas que nos agarramos durante toda a época escolar. São a nossa recompensa. E quando finalmente aparecem, limitamo-nos a pensar “é isto que eu quero da vida”. Obviamente que não é. Quer queiramos quer não gostamos do stress, de sentir a vida a correr, de termos que nos levantar todos os dias com a agenda cheia. Mas quando chegam as férias estamos demasiado cansados para sermos críticos e em vez de vivermos limitamo-nos a existir e a pensar que isso é bom. Não é e nós sabemo-lo mas nesta altura do ano é que aquilo que precisamos e portanto, torna-se mais do óptimo: necessário.

Sonhar alto de mais? Isso não existe, caro amigo. Ou melhor, se souberes sonhar isso não existe. Perguntar-me-ás o que é saber sonhar… É ansiares pelo paraíso conhecendo as limitações humanas. E desde que o sonho não se torne obsessivo (ou seja, desde que mantenhamos os pés na terra), é sem dúvida saudável imaginarmo-nos no topo e lutarmos para chegarmos o mais alto que pudermos. Com princípios, claro.

Chegou a altura de me dirigir aos dois: sim amigos, vocês são pessoas que vão longe. Pelas capacidades, pelas notas, pelos sonhos mas principalmente pelas ideologias, pelo carácter, pelas regras com que se regem, pela força, pela sensatez, pela humildade, por serem como são.

Eu também sonho, claro. Muito alto também. Mas ás vezes sinto necessidade de regressar à terra e analisar de perto a realidade. Lamento que o meu futuro seja previsivelmente semelhante à vida dos meus pais. Se queria mais? Óh, queria tanto mais! (In)felizmente na minha área não há tubos de ensaio, batas brancas, investigação, sucesso para os bons… Há alguma luz para os melhores, no entanto, estar entre os melhores é utópico. Por vezes desespero e deixo a minha imaginação voar até cenários absolutamente deprimentes que envolvem um diploma da treta, consultórios tristes e pessoas ainda mais infelizes, chocolates, obesidade e uma Ana solteirona que dá prendas aos sobrinhos amorosos pelo natal.
E estar lá no alto? Reuniões com importantes diplomatas e políticos, poder ajudar a alterar o rumo das coisas, poder dizer “eu não concordo!” sendo esse grito de oposição uma prova de influência, sendo esse grito uma maneira de mudar o Mundo. E depois estar no terreno. Sentir a luta dar frutos. Sentir que as pessoas nos amam e que o amor que sentimos pelas pessoas quase nos ultrapassa. Mesmo nos momentos de baixas, nos piores momentos, continuar a amar e a lutar baseando os nossos actos numa ideologia boa para todos.
Sentir que as pessoas me admiram, me respeitam, me olham nos olhos quando dizem “com certeza”. Saber estar numa posição importante, saber tomar as posições certas nos momentos certeiros. Poder dirigir-me a uma plateia, sem sequer sentir nervoso miudinho, e falar com eloquência. Basear-me em princípios retóricos e dialécticos, ignorando a demagogia. Sentir olhos pousados em mim, ouvidos que escutam com atenção o que digo.
Sem dúvida que reúno em mim aquilo que faz os entendidos adjectivarem a adolescência de “período de extremos”.

“Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança”.

PS- tive de fazer um novo post para responder ao teu, Hugo. Já agora, tens a certeza que Cambridge é a melhor universidade do Mundo? Eu acho que é a melhor da Europa, a Harvard, norte-americana, é que é a melhor do Mundo. Penso eu de que...