Saturday, November 18, 2006

Comentário ‘Vai mal o Mundo…’ II

(1) A expressão ‘o Mundo vai mal’ invoca um significado geral do Mundo. Os argumentos que tu utilizaste referem-se apenas ao aspecto político-social. O Mundo é muito mais que isso. Se o Mundo fosse só política, aí sim, o Mundo estaria muito mal. Mas não é. E aqui nasce a minha opinião relativamente à expressão ‘o Mundo vai mal’. O meu significado de Mundo engloba muito mais que política, e por isso, admito, e com convicção, que o Mundo vai bem e mal, dependendo dos aspectos.

(2) Consequentemente, o meu comentário não quer contradizer os teus argumentos, mas sim, a forma como tu utilizas o aspecto político-social exaustivamente, como se o Mundo fosse só política. Deverias ter dito ‘o Mundo vai mal politicamente’, porque o objecto que tu utilizas para defender a tua ideia é puramente político-social.

(3) Aquilo que apresentei de contraste entre o passado e o presente, não pode ser interpretado tão linearmente como tu o fizeste. É mais que óbvio que a instabilidade político-social não pode ser comparada entre os períodos Idade Média e a Actualidade. A Monarquia e República, respectivamente, assim o ditam. E o que comparei não foi a situação política, mas sim as situações de conflito. E até podes confirmar que no meu comentário, na relação entre períodos de história, rara ou nenhuma vez utilizo a palavra ‘política’, por não haver relação possível. Portanto, tem cuidado quando argumentas que não posso fazer a relação político-social, porque não a fiz.

(4) Uma coisa que não deixei bem explícita, é que, no passado próximo, o século XX, as ditaduras tomaram posse em certos países, inclusive Portugal. Mas nem foi o caso de Portugal que tentei expor. Foi o caso da Alemanha, mais que sabida. Hitler foi a imagem do Nazismo, que apoderou a política alemã. Aqui já podemos comparar diferentes períodos da história politicamente, ou não? E não foi com esta política que a Alemanha quis ampliar os seus territórios, com o seu império nazi? Com a sua política anti-semita? Pois bem, e o que é que isto levou? À 2ª Guerra Mundial. Que originou milhões de mortos. E digo isto porque no meu comentário referi este conflito, tento associado a uma instabilidade político-social. E as mortes não foram as únicas contas negativas. Cidades destruídas, campos agrícolas devastados, etc. E dizes que o Mundo vai mal politicamente, sem comparar com aquilo que a humanidade viveu no século passado?

(5)
Referi ainda ‘Martin Luther King foi o rosto de milhões de negros que tentaram aniquilar o racismo’. Achas que isto não foi uma instabilidade político-social? Não dividiu sociedades?

(6) Utilizaste a expressão ‘que se lixe Quioto’ e até disseste que não acreditavas no aumento da camada de ozono. E digo-te que, o Protocolo de Kyoto foi estabelecido com o intuito de diminuir as emissões de gases poluentes, que transformem o ozono em moléculas diferentes, grande maioria mais simples. Os países que assinaram este tratado têm de cumprir uma margem de gases poluentes emanados para a atmosfera. Caso excedam, têm de pagar multas, nada leves. Aliás, um país, que pertença ao lote de países que assinaram esse protocolo, caso não atinja o valor mínimo de emissões anuais, pode vender essas emissões a outro país, também ele membro, como é óbvio. Como vês é tudo muito limitado. Ninguém pode exceder, sem ser prejudicado financeiramente. Não duvido que, as reduções em mais de 150 países, não tenham tido qualquer efeito no aumento da camada de ozono. E só não aumentou mais, porque os EUA (e a Austrália) não ratificaram o protocolo.

(7) O Mundo cor-de-rosa às bolinhas amarelas também gostava de ver. Adorava até! Mas é impossível… Tem de existir instabilidade para gerar progresso. Até porque é com os erros que se aprende.

(8) Para finalizar, acho que tu, Hugo, cometeste foi um erro no início, no teu 1ºpost. Classificaste o Mundo apenas no campo politico-social, considerando que o ‘Mundo vai mal’. Cometeste um erro de indução: partiste do aspecto politico-social para concluir que ‘o Mundo vai mal’, ou seja, do campo particular/específico tiraste um conclusão geral.

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