Saturday, December 30, 2006

Ana Leal

Em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade de ler o resumo perfeito da existência humana – ‘On Being Human’. É realmente uma síntese de tudo o que sentimos, de todos os momentos que enfrentamos diariamente, cada hora, cada minuto, cada segundo. Como pode um sentimento transformar-se noutro, completamente diferente, em segundos apenas? A confiança, por exemplo, demoramos anos a construí-la. Contudo, bastam segundos para a desmoronar. Há muitas coisas que nós questionamos, e a muitas dessas questões as respostas estão no ‘On Being Human’. Adorei lê-lo! Soltou-me em mim 1001 pensamentos sobre grande parte dos sentimentos que passam por nós. É impressionante como retrata toda a nossa vida emocional.

E quantas coisas é difícil constatarmos no ‘On Being Human’… Uma delas é a aprendizagem de que o tempo não volta a trás, e que não existe nenhuma máquina do tempo, como bem sonhávamos quando víamos imensos desenhos animados. Esse mundo não existe, e o mundo que nos aguardava era bem mais duro do que imaginávamos na altura. Sacrifício, era uma palavra que não encaixava muito nas nossas ingénuas brincadeiras. Injustiça e crueldade eram sempre vencidas pelos nossos heróis televisivos. O bem ganhava ao mal. O mundo não é bem assim. Para tanto mal, não há bem que lhe resista.

Concordo plenamente contigo, quando referes que “se lêssemos este texto todos os dias ao acordar, e o conseguíssemos manter como pensamento central, o mundo era bem melhor pelo simples motivo de que seríamos pessoas bem melhores”. É, sem dúvida, uma filosofia de vida, da qual todos nós deveríamos seguir. Porque se a seguíssemos, seríamos pessoas melhores, e o mundo seria também melhor. Cada um de nós faz parte dele, e para ele ser melhor, precisa de nós. É como uma empresa. Se os empregados trabalharem bem, a empresa, muito provavelmente, cresce financeiramente, devido ao aumento de rendimento. Nós somos os empregados desta grande empresa Mundo. Se nós praticarmos o bem, ele sairá rico emocionalmente. Se porventura questionarmos a razão pela qual, apenas uma infinitésima parte das pessoas tentar seguir esta filosofia de vida, não enfraqueçam. Não é por isso que não devemos de fazer aquilo que é correcto para nós. Devemos tentar é influenciar a filosofia de vida das outras pessoas. Ou isto não fará parte da nossa filosofia de vida?

Quanto a este último ponto, acho correcto confessar que a minha filosofia de vida foi bastante completada pelo ‘On Being Human’.

Sonhei em pequeno. Continuo a sonhar. Sonharei em diante.

Sonhar orienta a nossa vida. A tal capacidade de sonhar incrível, que nasce da inquietação da descoberta, de querermos descobrir sempre mais alguma coisa sobre nós, querer chegar mais alto. Porque nós não nos conhecemos na plenitude, ficamos inquietos por essa descoberta. Qual a nossa personalidade? Que porta abrirá? São pois, “Inquietações da Descoberta”.

Os melhores cúmplices são a família e os verdadeiros amigos. São cúmplices aqueles que nunca desaparecem do nosso caminho. São aqueles que nunca nos deixam na solidão. São aqueles que em momentos menos bons, se apoderam dos nossos sentimentos e provocam um sorriso, por entre lágrimas de mar. São aqueles que independentemente da distância não largam o rasto das nossas pegadas na areia. Como o poema da canção diz ‘se tu fosses o meu caminho, se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho’. São pessoas que admiramos.

Por isso quero ser teu CÚMPLICE, para o resto da vida, ou até ao amanhecer, mas que o amanhecer fique tão longe como o fim da vida…

0 Comments:

Post a Comment

<< Home